Homem é condenado por execução com mais de 130 tiros em Palhoça

Crime ocorreu em maio de 2022 e foi motivado por uma disputa entre facções

Sentença foi publicada na última segunda-feira (27) (Foto: MPSC, Divulgação)

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) condenou o primeiro dos oito acusados pela execução de um homem com mais de 130 tiros, em Palhoça. A sentença foi publicada nessa segunda-feira (27).

O caso ocorreu na madrugada de 4 de maio de 2022. A vítima foi assassinada com mais de 130 tiros enquanto escutava música dentro de um carro no pátio de sua casa, no bairro Aririú, em Palhoça. Cerca de 10 homens encapuzados cercaram o veículo e dispararam inúmeros tiros, 131 deles atingindo várias partes do corpo da vítima.

Segundo o MP, a execução ocorreu em um contexto de disputa entre facções criminosas. Além disso, o crime foi praticado em virtude de a vítima ter tido sua morte “decretada” como represália à crença de que fizesse parte de uma facção rival. Ele teria sido responsável pelo desaparecimento de drogas da organização criminosa e pela suposta tentativa, dias antes, de matar outro integrante da facção.

O réu, cujo nome não foi divulgado, foi sentenciado a 34 anos, um mês e 15 dias de reclusão em regime inicial fechado. Ele ocupava uma posição de liderança local na facção, foi identificado como o responsável por organizar o crime, reunir o grupo, obter as armas usadas na execução e participar ativamente dos disparos.

A Promotora de Justiça Ana Paula Rodrigues Steimbach, da 7ª Promotoria de Justiça de Palhoça, e o Promotor de Justiça Diego Henrique Siqueira Ferreira, do Grupo de Atuação Especial do Tribunal do Júri (GEJURI) do MPSC, argumentaram que o crime foi qualificado pelo motivo torpe, pelo meio cruel e por ter sido praticado mediante emboscada. Outros sete réus serão julgados pelo mesmo caso. Outras duas pessoas participaram do crime, mas não foram identificadas.

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