Homem leva bote de cobra coral verdadeira no trabalho em Palhoça

Um homem levou um bote de uma cobra coral verdadeira enquanto trabalhava nesta quinta-feira (15), em Palhoça. Após ser picado pela serpente venenosa, o homem a matou, colocou-a em uma caixa e levou o animal para o quartel dos bombeiros.

Homem foi surpreendido pela cobra enquanto mexia em caixas com plásticos no trabalho – Foto: CBMSC/Divulgação/ND

O homem trabalha em uma empresa de peças automotivas e mexia em caixas com plásticos quando foi picado na mão pela cobra coral. O animal tinha aproximadamente um metro e foi morta pelo homem no local.

Ele a levou a cobra morte até o quartel do CBMSC (Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina). Lá, os homens identificaram que a cobra coral que havia dado o bote era verdadeira, o que significa que possuía veneno letal.

O homem foi socorrido pela equipe do Samu que estava no local. Ele estava sem sintomas, mas foi orientado a ficar 24h em uma unidade hospitalar em função do veneno.

Cobra coral era verdadeira e possuía aproximadamente um metro – Foto: CBMSC/Divulgação/ND

Cobra Coral tem um dos venenos mais mortais do Brasil e vive em SC

Comum em Santa Catarina, a Micrurus corallinus é uma espécie de cobra coral verdadeira cujo veneno é considerado o mais letal do Brasil, pela velocidade que se espalha pela corrente sanguínea e a gravidade dos danos causados ao sistema nervoso.

“No Brasil, temos mais de 30 espécies de corais verdadeira e mais de 60 espécies de corais que chamamos de ‘falsas’, pois não apresentam peçonha (veneno) ou, se apresentam, não são letais aos seres humanos” explicou p biólogo Gilberto Ademar Duwe, de Jaraguá do Sul.

De acordo com o especialista em resgate de fauna silvestre e educação ambiental, “em tese, poderia se dizer, pelas características, que o veneno da coral é o mais perigoso e o mais potente do país”.

Ele complementou que “a questão de [a ação do veneno] ser ou não ser mais potente varia muito de situação em situação. Por exemplo, se uma jararaca pica uma pessoa em uma área de grande vascularização, como artérias, pode ser até mais perigoso que uma picada de coral verdadeira. Depende do local do corpo e do organismo da pessoa”.

Duwe destacou também que, embora seja o veneno mais letal, ele corresponde a apenas 1% dos casos de acidentes com cobras no Brasil.